“...Eu vou pro baile procurar o meu negão,Vou subir no palco ao som do tamborzão...”
Os versos (super criativos) da música ecoam na minha cabeça sem praticamente nenhum impacto. Independente de mim a escuto diariamente e, por sinal, várias vezes. Apesar de ter certo tempo de lançamento ainda é o funk do momento Em qualquer festa que toque este estilo ela é tocada e anima a muitos, principalmente se tiverem ingerido umas cervejinhas ou vodkas a mais. É a música preferida de inúmeras garotinhas, umas dizem se identificar (as piriguetes) e outras falam que gostam de às vezes extravasar total (falsas santinhas). Até a louca da minha vizinha escuta:
“...Sou cachorrona mesmo e late que eu vou passar...”
Não tem como não escutá-la, pois está em todos os lugares, inclusive em mp3. Novamente a ouço. Não acredito, estava no ônibus. Fiquei pasma com a situação. Não aguentava mais, queria rir muito, muito mesmo, porque um homem, a quase um metro de mim, não só balbuciava a letra da música mas também dançava, encostado na lateral do ônibus. Nunca imaginaria ele escutando “Gaiola das Popozudas”, pois tinha aspecto frágil , um ar de “cult”, realmente era apenas aparência. Ele nem percebia que o seu mp3 estava muito mais alto do que deveria.
Os versos (super criativos) da música ecoam na minha cabeça sem praticamente nenhum impacto. Independente de mim a escuto diariamente e, por sinal, várias vezes. Apesar de ter certo tempo de lançamento ainda é o funk do momento Em qualquer festa que toque este estilo ela é tocada e anima a muitos, principalmente se tiverem ingerido umas cervejinhas ou vodkas a mais. É a música preferida de inúmeras garotinhas, umas dizem se identificar (as piriguetes) e outras falam que gostam de às vezes extravasar total (falsas santinhas). Até a louca da minha vizinha escuta:
“...Sou cachorrona mesmo e late que eu vou passar...”
Não tem como não escutá-la, pois está em todos os lugares, inclusive em mp3. Novamente a ouço. Não acredito, estava no ônibus. Fiquei pasma com a situação. Não aguentava mais, queria rir muito, muito mesmo, porque um homem, a quase um metro de mim, não só balbuciava a letra da música mas também dançava, encostado na lateral do ônibus. Nunca imaginaria ele escutando “Gaiola das Popozudas”, pois tinha aspecto frágil , um ar de “cult”, realmente era apenas aparência. Ele nem percebia que o seu mp3 estava muito mais alto do que deveria.
A cultura de massas generaliza as pessoas, determina as escolhas, defini um “hit” e o tempo que ele durará na mídia. O controle que esta cultura faz da sociedade nem sempre possibilita escolhas muito diferentes, pois ela delimita as possibilidades, isto que muitas vezes fica ocultado pela suposta liberdade incondicional do indivíduo. Enfim, eu precisava me controlar. O ônibus estava lotado, “novidade”, e minha amiga estava quase do lado daquele homem. Uma tragédia estava prestes a acontecer, se ela me olhasse eu dispararia a rir, incontrolavelmente, por alguns segundos ou minutos. Para a minha sorte ele desceu, mas ainda cantava:
“...Agora eu sou solteira e ninguém vai me segurar...daquele jeito...”
